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AGRONEGÓCIO

Conselho Monetário amplia crédito rural e reduz exigência para cooperativas de crédito

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, em sessão extraordinária realizada nesta sexta-feira (09.05), mudanças nas regras das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), com efeitos diretos sobre o financiamento rural a partir de 1º de julho. As alterações incluem regras específicas para cooperativas de crédito, mudança na base de cálculo e aumento do limite de isenção para instituições financeiras. A expectativa é tornar o crédito mais acessível e sustentável para os produtores rurais.

A principal regra — que determina que 50% dos valores captados pelas LCAs sejam obrigatoriamente destinados ao crédito rural — foi mantida. Essa exigência é o que garante que parte dos recursos disponíveis no mercado financeiro vá, de fato, para financiar a produção agropecuária. Ou seja, quanto mais LCAs forem emitidas, maior a oferta de crédito rural disponível.

Entre as mudanças, destaca-se a inclusão de normas próprias para cooperativas de crédito que integram sistemas cooperativos. A partir de agora, o controle das aplicações obrigatórias dessas instituições será centralizado nas cooperativas centrais, confederações de crédito e bancos cooperativos, o que deve aumentar a eficiência do monitoramento e a aplicação dos recursos.

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Outra alteração importante está no limite de isenção das regras de exigibilidade: antes, instituições que captassem até R$ 500 mil por meio de LCAs estavam dispensadas de cumprir a obrigação de aplicar metade do valor em crédito rural. Esse teto foi ampliado para R$ 10 milhões, o que reduz de 127 para 28 o número de instituições obrigadas a cumprir a regra. Apesar disso, o volume total de recursos destinados ao financiamento agrícola deve se manter, segundo o Banco Central.

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A base de cálculo usada para apurar a exigibilidade também foi alterada. A partir de julho, ela será feita com base na média aritmética dos saldos diários das LCAs entre o primeiro dia útil de junho de um ano e o último dia útil de maio do ano seguinte. A mudança visa ajustar tecnicamente o sistema de cálculo, sem afetar o volume final de recursos disponíveis.

Na prática, o que muda para o produtor – As mudanças buscam fortalecer o uso das LCAs como uma fonte estável de crédito rural. Para o produtor, isso significa que o crédito continuará disponível em larga escala, especialmente em instituições cooperativas. Como o direcionamento obrigatório de 50% foi mantido, a garantia de recursos ao campo segue firme. Além disso, com a concentração dos repasses nas cooperativas centrais, é possível que a distribuição dos recursos seja feita com maior agilidade e organização.

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Com o setor agropecuário cada vez mais dependente de fontes alternativas de financiamento, como as LCAs, o novo regramento do CMN é visto como uma atualização técnica necessária para dar robustez ao sistema, sem cortar o fluxo de crédito no campo.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Pressão sobre preços do milho no Brasil persiste com oferta crescente e mercado cauteloso

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Produtores avançam na comercialização, enquanto consumidores aguardam preços mais baixos, principalmente devido à expectativa positiva da safra de safrinha. Esse cenário, aliado a fatores climáticos e movimentos internacionais, tem mantido os investidores atentos às tendências futuras do mercado.

Oferta crescente mantém preços do milho sob pressão

A pressão nas cotações do milho no Brasil se intensificou na última semana. Os produtores seguem firmes na fixação de oferta, enquanto os consumidores demonstram pouca urgência nas compras, refletindo tranquilidade em relação aos estoques disponíveis. Essa dinâmica indica a expectativa do mercado por preços mais baixos, especialmente em função da chegada da safra de safrinha, que promete aumentar a oferta nacional.

Fatores que influenciam o mercado interno e internacional

Segundo a Safras Consultoria, alguns elementos continuam no radar dos investidores: a evolução climática no Brasil, fundamental para o desenvolvimento das lavouras; a oscilação do dólar; o comportamento dos preços futuros do milho; e a paridade de exportação.

No cenário externo, a Bolsa de Mercadorias de Chicago apresentou alta volatilidade durante a semana. Houve queda nos preços no início do período, influenciada pelo bom andamento do plantio nos Estados Unidos, o que aumentou a oferta potencial. No entanto, os preços se recuperaram posteriormente, amparados pela redução dos estoques de milho nos Estados Unidos e no mercado mundial para as safras 2024/25 e 2025/26, abaixo do esperado.

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Preços internos apresentam queda em diversas regiões

No mercado brasileiro, o preço médio da saca de milho registrou queda e foi cotado a R$ 70,85 no dia 15 de maio, representando retração de 2,73% em relação à semana anterior, quando estava em R$ 72,83.

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Em regiões produtoras, as variações também indicaram baixa:

  • Cascavel (PR): R$ 69,00, estável frente à semana passada.
  • Campinas (CIF): R$ 77,00, queda de 1,91%.
  • Mogiana Paulista: R$ 73,00, redução de 2,67%.
  • Rondonópolis (MT): R$ 62,00, retração de 3,13%.
  • Erechim (RS): R$ 70,00, recuo de 2,78%.
  • Uberlândia (MG): R$ 72,00, queda de 4,00%.
  • Rio Verde (GO): R$ 72,00, redução de 1,37%.

Esses números refletem a influência da oferta crescente e a busca por preços mais competitivos pelos compradores.

Exportações brasileiras de milho registram queda significativa

As exportações brasileiras de milho em maio, nos primeiros seis dias úteis, totalizaram receita de US$ 1,633 milhão, com média diária de US$ 272,2 mil. A quantidade exportada atingiu 2,863 mil toneladas, com média diária de 477,2 toneladas, e o preço médio por tonelada ficou em US$ 570,50.

Comparado ao mesmo período de maio de 2024, houve forte redução no volume e no valor médio diário exportado, de 97,6% e 93,3%, respectivamente. Por outro lado, o preço médio da tonelada aumentou 175,9%, indicando menor quantidade negociada, porém a preços significativamente mais altos.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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Fonte: Portal do Agronegócio

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