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Economia Brasileira Mantém Ritmo Acelerado no Início de 2025, Impulsionada pelo Agronegócio, Revela Análise do Rabobank

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A economia brasileira demonstrou robustez no primeiro trimestre de 2025, com um crescimento notável impulsionado principalmente pelo setor agropecuário. Este cenário positivo, contudo, é acompanhado por desafios externos e internos que demandam atenção, conforme detalhado na recente análise macroeconômica do Rabobank.

Panorama Macroeconômico: Cenário Global e Local

No plano internacional, incertezas persistem, especialmente devido a disputas tarifárias nos Estados Unidos, que viram a suspensão temporária das tarifas de Trump por uma Corte de Apelações. A economia norte-americana também registrou contração no primeiro trimestre de 2025, impactada pelo consumo enfraquecido e um efeito comercial mais acentuado do que o previsto.

No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o trimestre anterior. Paralelamente, o Congresso Nacional exerce pressão sobre o governo em busca de alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A agência de classificação de risco Moody’s, por sua vez, rebaixou a perspectiva do Brasil para estável. Diante da incerteza tarifária e geopolítica global, que diminuiu o otimismo do início do ano, o real depreciou-se 1,4% frente ao dólar, fechando a semana anterior a R$ 5,7234. Mesmo com a fraqueza generalizada do dólar, o Rabobank revisou sua projeção para a moeda norte-americana, esperando-a a R$ 5,90 ao final de 2025, ante R$ 6,00 anteriormente.

Desempenho do PIB no 1º Trimestre de 2025

O PIB brasileiro confirmou um forte crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior (sazonalmente ajustado), superando em 12,6% o nível pré-pandemia. A projeção de crescimento do PIB para 2025 permanece em 2,0%, e para 2026, em 1,3%.

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Pelo Lado da Oferta: O setor agropecuário foi o grande destaque, crescendo 10,2% na comparação anual ou 12,2% na trimestral, beneficiado por condições climáticas favoráveis e colheitas expressivas de soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%). A indústria, embora estável na margem com -0,1% trimestre a trimestre, registrou 2,4% de crescimento anual, impulsionada pela Construção (3,4%) e Indústria de Transformação (2,8%). O setor de serviços avançou 2,1% anualmente, com destaque para Informação e Comunicação (3,0%) e Comércio (0,3%).

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Pelo Lado da Demanda: O investimento em capital fixo foi o principal motor, com um crescimento de 9,1% ao ano, sendo a quinta alta consecutiva. O consumo das famílias também contribuiu positivamente, subindo 2,6% anualmente, sustentado por um mercado de trabalho aquecido e aumento da massa salarial. As importações cresceram 14,0% anualmente, enquanto as exportações aumentaram 1,2%.

Inflação: IPCA-15 e IGP-M

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desacelerou pelo terceiro mês consecutivo, registrando alta de 0,36% em maio. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 atingiu 5,4%, acima do limite superior da meta de inflação de 4,5%. A energia elétrica e os medicamentos foram os principais contribuintes para essa alta. Por outro lado, a forte moderação em Alimentos e Bebidas ajudou a neutralizar parte dessas pressões. A inflação de serviços também apresentou uma dinâmica mais benigna, desacelerando pelo segundo mês consecutivo. O Rabobank projeta o IPCA em 5,3% para o fim de 2025, com a inflação de alimentos sendo impulsionada pelos preços internacionais de proteínas animais e café, além da depreciação do real.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,82% em maio, impulsionado pela baixa nos preços das commodities. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), de maior peso no IGP, recuou devido à queda no preço do milho, influenciada pela safra, e do minério de ferro, impactado pela menor demanda internacional. O Rabobank revisou sua projeção para o IGP-M, de 6,0% para 4,5% ao fim de 2025.

Mercado de Trabalho em Recuperação

A taxa de desemprego surpreendeu e voltou a cair para 6,6% em abril, de acordo com a pesquisa domiciliar PNAD. A criação de vagas formais também mostrou um avanço significativo, com a abertura de 257,5 mil empregos em abril, segundo o relatório CAGED.

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Balança Comercial e Transações Correntes

A balança comercial contribuiu para a redução do déficit em transações correntes (CC) no ano, que registrou um déficit de US$ 1,3 bilhão em abril. O Investimento Estrangeiro Direto (IED) manteve sinais de recuperação, somando US$ 5,5 bilhões em entrada líquida no mesmo mês.

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Política Fiscal: Superávit e Desafios

O Governo Central (GC) registrou um segundo superávit consecutivo em abril, totalizando R$ 17,8 bilhões, tornando mais factível o alcance da meta fiscal. No acumulado do ano, o GC soma um superávit de R$ 72,3 bilhões. Esse desempenho favorável foi impulsionado pela contenção das despesas discricionárias e por uma atividade econômica mais vigorosa. Apesar do aumento da receita e da queda da despesa em abril, o Rabobank projeta um déficit de R$ 80,7 bilhões (0,6% do PIB) para o GC em 2025, devido à atividade econômica mais fraca e incertezas na arrecadação.

Perspectivas e Riscos para o Futuro

O Rabobank mantém a projeção de crescimento do PIB em 2,0% para 2025 e 1,3% para 2026, com a economia ainda exibindo sinais de aquecimento. Para o próximo trimestre, a atividade econômica continuará sendo influenciada pela safra recorde de grãos, pelo transbordamento do setor agropecuário para outros setores, e por um mercado de trabalho aquecido. No segundo semestre de 2025, espera-se que o efeito defasado das taxas de juros restritivas impacte a demanda, além de um menor impulso fiscal. Riscos de aumento da demanda agregada com novas medidas fiscais e incertezas externas, como as tarifas nos EUA, podem representar um vetor negativo para a atividade econômica global.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Ciclo 2025/26 do agronegócio começa com alerta para custos, câmbio e cenário global, aponta Itaú BBA

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Itaú BBA divulga panorama do agronegócio para a safra 2025/26

O Itaú BBA lançou, nesta sexta-feira (4), a 6ª edição do relatório Visão Agro, elaborado pela Consultoria Agro do banco. O documento traça um panorama completo do agronegócio brasileiro para o ciclo 2025/26, com uma abordagem cautelosa diante de um ambiente mais complexo e desafiador para o setor. É o terceiro ano consecutivo em que o banco inicia o ciclo com sinal de alerta.

Pressões globais afetam custos e exigem atenção redobrada

De acordo com o relatório, o agronegócio brasileiro entra no novo ciclo sob forte influência de fatores internacionais adversos, como:

  • Juros elevados e desaceleração econômica global
  • Tensões geopolíticas, principalmente nos conflitos no Mar Negro e no Golfo Pérsico
  • Aumento nos custos de energia e fertilizantes, agravado pela alta dependência brasileira de insumos importados

Esse cenário vem acompanhado da queda nos preços das principais commodities agrícolas, o que torna essencial uma gestão mais rigorosa dos custos de produção e do câmbio.

Inadimplência e crédito pressionam a cadeia produtiva

Segundo Cesar de Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, todos os cultivos e elos da cadeia precisam de atenção especial neste momento. Um dos pontos críticos é o crescimento do índice de inadimplência no setor, que já impacta alguns segmentos de forma mais severa.

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Além disso, riscos na relação de troca com fertilizantes e dificuldades na gestão cambial vêm limitando o crédito disponível aos produtores, dificultando o planejamento da nova safra.

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Fertilizantes e custos de produção preocupam para 2025/26

O relatório destaca que a formação de custos para a próxima safra será mais difícil, principalmente em razão da instabilidade no Oriente Médio, que pode elevar os preços dos fertilizantes e deteriorar as relações de troca para diversas culturas.

Entre os mais afetados está o milho safrinha, com aquisições atrasadas. Culturas perenes como café, laranja e cana-de-açúcar, que tradicionalmente concentram compras no segundo semestre, também sentirão o impacto.

Mercado de grãos sente efeitos do câmbio

O fortalecimento recente do real frente ao dólar tem incentivado importações num momento em que setores como o do arroz precisam escoar a produção via exportações. No caso do trigo, produtores brasileiros enfrentam dificuldade de competir com o cereal argentino, o que pode levar a uma redução da área plantada.

Proteína animal vive cenário mais favorável

Enquanto o setor de grãos enfrenta obstáculos, o mercado de proteínas animais, especialmente a bovinocultura, se destaca de forma positiva no relatório. Os principais fatores que sustentam esse desempenho são:

  • Queda no custo da ração
  • Aumento nos confinamentos
  • Demanda internacional aquecida
  • Menor oferta de carne nos Estados Unidos e valores elevados no mercado norte-americano, o que melhora a competitividade do produto brasileiro no exterior
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Biocombustíveis oferecem novas oportunidades

O Itaú BBA também aponta boas perspectivas com o avanço dos mandatos previstos na Lei do Combustível do Futuro, que devem aumentar a demanda por biocombustíveis produzidos a partir de soja, milho e cana-de-açúcar.

Esse movimento abre novas oportunidades para o campo e amplia a produção de farelo de soja e DDG, beneficiando diretamente o setor de proteínas animais. O relatório ressalta que essa tendência tende a se consolidar e a fortalecer ainda mais a competitividade das cadeias produtivas brasileiras.

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Desafios estruturais ainda limitam o potencial do setor

Por fim, o estudo alerta que, para que o agronegócio brasileiro avance de forma sustentável e aproveite essas oportunidades, será necessário enfrentar desafios estruturais, como:

  • Infraestrutura deficiente
  • Acesso restrito a financiamento
  • Insegurança no ambiente de negócios

“Enfrentar esses entraves é condição indispensável para destravar novas oportunidades e garantir a competitividade do setor no longo prazo”, conclui Cesar de Castro Alves.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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