O Governo de Mato Grosso entregou, nesta quarta-feira (11.12), a nova sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) em Alta Floresta, distante 800 quilômetro de Cuiabá. Um novo prédio com 350 metros quadrados foi construído com estrutura moderna e humanizada pensando no conforto e qualidade de atendimento ao cidadão.
“Não é só a inauguração de um prédio público, a forma como nós estamos fazendo gestão no Governo do Estado e na Sema tem história. Temos feito um modelo de gestão diferenciada, que inclui pessoas e entidades na forma de criar soluções e enfrentar os problemas, criar alternativas para a sociedade entregando resultados”, destacou a secretária Mauren Lazzaretti durante a solenidade de inauguração.
A sede de Alta Floresta é responsável por atender mais sete municípios da Região Norte do Estado: Colíder; Nova Canaã do Norte; Carlinda; Paranaíta; Nova Monte Verde; Nova Bandeirantes e Apiacás.
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Para o diretor da Unidade Desconcentrada, Vinicius Rezek, a nova sede é a realização de um sonho e destaca como o novo espaço vai permitir que os servidores tenham estrutura para reforçar e melhorar ainda mais o atendimento do órgão.
“É um compromisso do governador Mauro Mendes e da secretária Mauren Lazzaretti em fazer uma gestão de aproximação com o setor produtivo e com o cidadão. Essa nova sede além de oferecer melhores condições de trabalho aos servidores é para atender toda a população de Alta Floresta e região e prestar um serviço com excelência”, disse o diretor.
A solenidade de inauguração contou com a participação do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Silvio Rangel, e do presidente do Centro das Indústrias Produtoras e exportadoras de Madeira (Cipem), Edinei Blasius, que reforçaram a integração e cooperação entre setor produtivo e o órgão ambiental.
“Temos um governo desenvolvimentista que olha realmente para os setores, olha para os servidores investindo na infraestrutura, oferecendo um local adequado de trabalho e tornando a Secretaria numa Sema forte e atuante. A Sema hoje ouve todas as pontas, ouve os empresários para procurar entender os problemas e tentar achar uma solução em conjunto”, destacou Silvio Rangel.
O Ministério Público foi representado pela promotora de Justiça de Alta Floresta, Fernanda Alberton, que reforçou a importância inquestionável da Sema na região que é o portal da Amazônia e agradeceu a parceria do órgão ambiental com Ministério Público.
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Além do prefeito de Alta Floresta, Valdemar Gamba, a solenidade de inauguração teve a presença do prefeito de Juína, Paulo Veronese. Juína também recebeu uma nova sede da Sema no mês de novembro.
O investimento total na construção da nova sede foi de R$ 1.868.319,59, sendo R$ 1.423.319,59 do Fundo Amazônia, R$ 310.000,00 resultado de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) e R$ 155.000,00 de recursos próprios da Sema.
Estrutura
O novo prédio da Sema Alta Floresta possibilitará maior conforto aos usuários e servidores, com espaços modernos e humanizados. Atendendo ao novo padrão, conta com recepção, banheiros para os usuários, sala de atendimento individualizado, sala de reuniões, sala do diretor, sala dos analistas, espaço do servidor e depósito construídos em volta de um jardim de inverno.
Alta Floresta foi a terceira unidade desconcentrada da Sema a inaugurar um novo espaço, a primeira foi Rondonópolis em 2023, e a segunda em Juína no mês de novembro. Para o próximo ano devem ocorrer a inauguração das sedes de Confresa, Guarantã do Norte e Sinop.
Com idades entre 50 e 70 anos, moradores da comunidade Agrovila das Palmeiras, na região da Serra de São Vicente, em Santo Antônio do Leverger, têm conquistado a alfabetização por meio do Programa Mais MT Muxirum.
O Mais MT Muxirum, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), é um programa de alfabetização de jovens e adultos que deixaram de estudar na infância e adolescência por algum motivo. A iniciativa oferece 270 horas de aulas, distribuídas ao longo de seis meses, com uma carga horária mínima de 10 horas semanais.
“Nunca tive a oportunidade de estudar, é a primeira vez que tenho contato com a escola. Estou feliz porque agora sei escrever o meu nome e sei contar dinheiro”, disse a moradora Lourdes da Silva, de 60 anos.
Para a alfabetizadora Rosineide da Silva, de 35 anos, é gratificante o ato de ensinar pessoas idosas a escrever palavras simples, ou até mesmo saber identificar o valor de cada nota de dinheiro. Ela é sobrinha de Maria de Lourdes.
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“2024 foi o primeiro ano no qual trabalhei como alfabetizadora e foi a melhor escolha. Recebi a proposta da nossa coordenadora, aceitei e começamos a fazer a busca ativa pelos alunos que realmente precisavam e queriam. Como aqui na comunidade todos conhecemos um ao outro, então, não ficou difícil”, explicou Rosineide.
Segundo a coordenadora do projeto na Agrovila, Vanessa Goncalves Garcia, por se tratar de uma comunidade rural, muitos moradores não tiveram a oportunidade de estudar. “Hoje, temos alunos de 71 anos, por exemplo, que estão felizes da vida por saber contar dinheiro. O projeto Muxirum é uma transformação na vida das pessoas”, acrescentou.
Atualmente, na região da Agrovila das Palmeiras, são 25 alfabetizadores. 300 membros da comunidade rural já se inscreveram para a edição 2025 do programa. Todos compartilham o sonho de continuar os estudos na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e conseguirem a formação de ensino médio.
É o caso da dona Joana Darker de Assis, de 61 anos, que planeja fazer o EJA, após ter aprendido a ler e escrever pelo MT Mais Muxirum.
“Quando era criança, não fui para escola porque tinha que ajudar meus pais na roça. Não tive acesso à escola. Então, em cada aula que temos hoje, eu valorizo, estou sempre disposta a aprender. Penso em me formar para poder dizer que tenho o ensino médio”, contou.
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Há três anos como alfabetizadora pelo programa MT Mais Muxirum, Ediumar Costa, de 43 anos, afirmou que não é difícil ter uma formação mesmo com a idade avançada.
“Quando aceitei a missão achei que eu ia ensinar, mas acaba que eles me ensinam muito mais. São pessoas já vividas, que têm dificuldades no aprendizado, mas que têm esforço para aprender e não colocam dificuldade”, finalizou.
A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), por meio do Projeto MT Mais Muxirum, trabalha com a meta de alfabetizar 17.436 pessoas com idade acima de 15 anos que, por algum motivo, deixaram de estudar.
Desde 2021, o projeto já alfabetizou 70 mil pessoas. Em 2024, mais de 18 mil participantes foram inscritos, abrangendo 142 municípios.
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O investimento total do programa para 2025 é de R$ 16,4 milhões, somando um investimento total de R$ 47,7 milhões, desde 2021.