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Integrante de grupo de extermínio responsável por chacina em Colniza é condenado a 200 anos de reclusão

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Um dos executores do caso que ficou conhecido como chacina de Taquaruçu do Norte, ocorrida há seis anos no município de Colniza, noroeste de Mato Grosso, foi condenado a 200 anos de reclusão, em tribunal do júri realizado nesta quarta-feira (31.05), na Comarca local. A chacina vitimou nove pessoas, que estavam assentadas na área onde foram executadas.

Ronaldo Dalmoneck foi condenado por homicídio qualificado por meio cruel, motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas, além do delito de integrar grupo de extermínio, todos calculados por nove vezes, e em concurso material dos crimes. Ele foi o primeiro réu do caso levado a júri popular, que acolheu a tese do Ministério Público Estadual baseada na investigação da Polícia Civil.

Oito investigados envolvidos na chacina foram denunciados à Justiça. De acordo com o MP-MT, na primeira denúncia, cinco pessoas foram acusadas, contudo, o processo foi desmembrado. Em julho de 2021, mais três pessoas foram denunciadas, sendo dois mandantes e mais um executor.

Denunciados

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Um dos casos de homicídios de maior repercussão nos últimos anos em Mato Grosso, a chacina que culminou com a morte dos nove trabalhadores, ocorrida em abril de 2017, requereu da Polícia Civil do Estado um aparato investigativo que reuniu diligências em cidades de três unidades da federação, análise de inteligência de centenas de informações e oitivas de investigados, testemunhas, familiares de vítimas e sobreviventes.

Em julho de 2021, o Ministério Público Estadual denunciou mais três pessoas por homicídio qualificado e por integrarem um grupo de extermínio. A denúncia do MPE é resultado de uma nova linha de investigação seguida pela Polícia Civil, a partir de informações recebidas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, que apontou outros motivos para a execução do crime e a participação de mais pessoas, sendo um mandante e dois executores.

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Primeira fase

A primeira fase da investigação realizada por uma força-tarefa, com participação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá e a Delegacia de Colniza, identificou quatro executores e um mandante do crime, que foram denunciados pelo MPE ainda em 2017. O primeiro julgamento realizado neste 31 de maio é resultado desta primeira etapa de denúncias.

Posteriormente, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso recebeu novas denúncias apontando que, as pessoas indiciadas na primeira investigação, não seriam as mesmas que agiram como mandante e executoras do crime.

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A partir dos novos dados, equipes de investigação, com apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, realizaram centenas de diligências em cidades de Mato Grosso, Rondônia e Pará para coletar indícios que pudessem levar à confirmação e responsabilização dos denunciados.

A denúncia do MPE, com base nas investigações produzidas pela Polícia Civil, destaca que o advogado e empresário, M.T.S.D., o agricultor A.A.S. e C.P. agiram como um grupo de extermínio, sob pretexto de prestação de segurança privada.

Limpeza da área

No ano anterior à chacina, o advogado e o agricultor adquiriram uma propriedade rural em Taquaruçu do Norte, de forma parcelada. O pagamento integral foi condicionado à necessidade de “limpeza da área”, ou seja, a expulsão de eventuais posseiros ou proprietários que estivessem no local. Desta forma, o advogado teria organizado para que os executores promovessem essa “limpeza”. No dia 19 de abril de 2017, as nove vítimas foram mortas com uso de armas brancas e armas de fogo, sendo pegas de surpresa no local.

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Durante as diligências, os policiais civis chegaram ao contrato de compra e venda da área onde ocorreu o crime, que estava em nome do advogado, cujas informações o apontaram ao final do inquérito como o mandante da chacina.

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Os investigadores analisaram materiais apreendidos, depoimentos e a produziram dezenas de relatórios que, diferente das apurações iniciais, levaram aos três investigados pela chacina. Uma das testemunhas ouvidas pela Polícia Civil confirmou que levou os executores até o local da chacina. Outra testemunha corroborou dados levantados em campo durante a apuração de que o advogado teria locado uma aeronave para jogar sementes onde as vítimas foram mortas – uma área aberta – o que confirma que ele tinha intenção de formar pastagem no local que adquiriu anteriormente.

As diligências da Polícia Civil de Mato Grosso coletaram informações nas cidades de Chupinguaia, Machadinho d’Oeste, Ariquemes, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, São Felipe d’Oeste, Rolim de Moura, Alto Alegre dos Parecis, todas em Rondônia; em Rurópolis, no Pará, e nas cidades da região de Colniza.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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POLÍCIA

Polícia Civil prende casal que “emprestou” conta para receber pix durante roubo

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Alta Floresta (1.035 km de Cuiabá), prendeu, na manhã desta quinta-feira (22.5), um casal investigado por “emprestar” suas contas bancárias para uma quadrilha que, mediante grave ameaça e tortura, obrigou vítimas a realizar transferências via pix durante um roubo em Tabaporã (630 km da Capital). A ação é mais uma fase da Operação Abigeato.

O crime ocorreu no dia 28 de dezembro de 2024, em uma propriedade rural de Tabaporã. As vítimas foram amarradas, trancadas em um cômodo da casa e mantidas reféns por aproximadamente 36 horas pelos criminosos.

Os suspeitos roubaram dois veículos, sendo uma caminhonete Toyota Hilux e uma VW Saveiro, armas de fogo e outros objetos da residência. As vítimas também foram obrigadas a realizar transferências via pix, que totalizaram cerca de R$ 30 mil, para contas indicadas pelos criminosos.

As investigações apontaram ainda que os suspeitos invadiram a propriedade com a intenção de subtrair cerca de 300 cabeças de gado, mas não conseguiram concluir a ação criminosa.

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Operação Abigeato

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Assim que acionada, a Delegacia de Tabaporã deu início às investigações do caso. No dia 3 de março deste ano, foi deflagrada a Operação Abigeato, em que foram cumpridos três mandados de prisão contra autores do roubo e cárcere privado, todos em Sinop (500 km de Cuiabá).

No dia 12 de março, foi deflagrada a segunda fase da operação e mais um suspeito de participação no crime foi preso. O mandado de prisão também foi cumprido em Sinop.

Já na terceira fase da Operação Abigeato, no dia 1º de abril, mais duas pessoas suspeitas de envolvimento no crime foram presas, em Porto dos Gaúchos (630 km da Capital).

Nova fase

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Nesta quinta-feira (22), a Polícia Civil cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra os dois últimos alvos relacionados ao roubo em Tabaporã, no final de 2024.

Após troca de informações entre as delegacias de Tabaporã e Alta Floresta, os suspeitos foram identificados e localizados no Setor B, em Alta Floresta. O casal admitiu ter fornecido seus dados bancários à quadrilha, para receber os pix que as vítimas foram obrigadas a realizar.

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Com a prisão do casal, todos os envolvidos do crime estão à disposição da Justiça.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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