A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande cumpre nesta terça-feira (17.12), no Distrito Federal, mandados de busca e apreensão contra um jovem investigado por furtar criptomoedas de um morador de Mato Grosso. Para dissimular o furto, o investigado realizou transações eletrônicas que caracterizam o crime de lavagem de capitais.
A decisão judicial da 2ª Vara Criminal de Várzea Grande determinou ainda a quebra de sigilos bancário e telefônico e o bloqueio das criptomoedas. A Justiça deferiu também medidas cautelares contra o investigado, entre elas a proibição de acessar carteiras virtuais de criptoativos, suspensão de negociações de ativos virtuais e abertura de contas-correntes e comparecimento ao juízo para justificar suas atividades. O descumprimento das medidas acarretará em prisão preventiva.
O investigado foi levado à 21ª Delegacia do Distrito Federal e está sendo interrogado pelo delegado da Derf de Várzea Grande, Alexandre Nazareth. Com ele foram apreendidos uma CPU, um Iphone e um cartão bancário em nome de terceiro.
Furto das criptomoedas
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A vítima relatou à Polícia Civil que em setembro deste ano teve sua carteira digital, no aparelho celular, invadida e realizadas transferências de criptomoedas que correspondem em moeda nacional a R$ 48 mil.
Conforme a apuração, na mesma data em que houve a transferência, a vítima recebeu uma notificação do Google informando que a senha de seu e-mail havia sido alterada, assim como foi comunicada pela corretora digital que as moedas digitais transferidas. Ao fazer contato com a operadora de telefonia, a vítima ficou sabendo que uma pessoa se passou por ele e foi a uma loja da operadora solicitando, em seu nome, um novo chip, mas usando o mesmo número do aparelho da vítima.
A investigação apurou que um aparelho da marca Iphone havia acessado a carteira digital da vítima em outro estado do País. Após diversas diligências realizadas pela Derf de Várzea Grande, a equipe confirmou o endereço do suspeito de do furto como residente no Distrito Federal.
O investigado é também cliente da mesma carteira de criptoativos que a vítima e assim que executou a transferência criminosa, ele fez uma série de malabarismos a fim de dificultar o rastreamento.
O delegado responsável pelo inquérito, Alexandre Nazareth, explica que, além do furto, o investigado ainda cometeu fraude eletrônica fazendo diversas transações de compra, venda e revendas dos criptoativos.
“Imediatamente após subtrair as criptomoedas, o investigado realizou uma série de transações obscuras para diferentes carteiras e fazendo ainda a conversão de parte do que furtou em moeda fiduciária (dólar) para dar a aparência lícita à vantagem auferida criminosamente”, destacou o delegado.
O delegado pontua ainda que a rapidez com que o investigado realizou as transações, em menos de seis horas, usando sistemas diferentes de registros, demonstra que o morador de Várzea Grande não foi a única vítima, o que evidencia experiência com as ferramentas digitais necessárias para cometer os crimes.
Colaboraram com a investigação o Laboratório Contra Lavagem de Dinheiro e a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, ambos da Polícia Civil de Mato Grosso, além da 21ª Delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal e o Laboratório de Operações Cibernéticas da Diretoria de Operações Integradas do Ministério da Justiça.
Policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Confresa realizaram uma ação nesta sexta-feira (24) para cumprimento da prisão de um criminoso de alta periculosidade, procurado por diversos delitos na região.
José Andrade Cavalcante, 37 anos, natural do Maranhão, estava com a prisão preventiva decretada pela Comarca de Porto Alegre do Norte por associação criminosa, furto qualificado e receptação. Além desses crimes, ele tinha um extenso histórico de delitos como tráfico de drogas, roubos e posse de armas de fogo.
Durante o cumprimento do mandado judicial, o criminoso entrou em confronto com os policiais e acabou indo a óbito.
José Cavalcante estava escondido em uma residência no bairro Arco Íris II, em Confresa. Os policiais monitoraram o local previamente e confirmaram que o criminoso estava na casa. A equipe se aproximou da residência e avistou o investigado no interior do imóvel.
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Após verbalização para que ele erguesse as mãos, o criminoso sacou um revólver e apontou em direção aos policiais. Ele tentou entrar em um quarto onde estava uma carabina calibre .40, mas foi contido após disparos realizados pelos policiais. A análise preliminar indica que o objetivo era pegar a arma para revidar e garantir sua fuga.
O óbito do criminoso foi confirmado pela equipe médica e a perícia acionada no local.
Na casa foram apreendidas munições, drogas, documentos e duas armas de fogo. A carabina estava com a numeração raspada, provavelmente, oriunda de furto.
As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos e analisar os materiais apreendidos.