POLÍTICA MT
Programa “Palavra Literária” entrevista a escritora Marli Walker
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Foto: PUBLICIDADE / ALMT
Aos 18 anos, Marli Terezinha Walker veio para Mato Grosso e fez do estado a sua casa. Aqui, produziu importantes obras literárias, que garantiram a ela uma cadeira na Academia Mato-Grossense de Letras e um convite para participar do programa “Palavra Literária” e contar um pouco da sua história. O nono episódio desta temporada vai ao ar neste sábado (14), na TV Assembleia (canais 30.1 e 30.2), às 12h30 e às 18h30.
O amor pelas palavras surgiu desde muito cedo, mas foi só durante a graduação em letras que Marli Walker retomou a prática da escrita. Até o momento, já publicou sete livros e mais um está em produção.
Engajada com a causa feminina, a escritora participa do Coletivo Literário Maria Taquara – Mulherio das Letras MT e aborda o tema em várias de suas obras. Como tese do mestrado em literatura, estudou a poesia de uma mulher camponesa e publicou o livro “Inferno e Paraíso na poética de Adriane Rocha” (2009).
Intrigada com a escassez de registros históricos acerca da produção de mulheres na literatura mato-grossense, Marli resolveu aprofundar as pesquisas e o material levantado durante sua tese de doutorado resultou na publicação “Mulheres Silenciadas e Vozes Esquecidas: três séculos de poesia feminina em Mato Grosso” (2021), que aborda o período iniciado no século XIX até os dias atuais.
O próximo livro, que ainda está em fase de elaboração, também fará alusão à temática, a partir da figura incógnita e histórica de Maria Taquara.
Entre as obras de sua autoria já publicadas, constam ainda os livros de poesia: “Pó de Serra” (2006/2017), “Águas de Encantação” (2009), “Apesar do Amor” (2016) e Jardim de Ossos (2020)
A escritora aponta a existência de cerca sequência nas obras – com exceção de “Águas de Encantação” -, no que diz respeito ao desejo de cada eu lírico de “gritar”, “botar pra fora”.
“O Pó de Serra tem um diálogo com o Jardim de Ossos. No Jardim de Ossos é possível, através de um olhar mais atento, perceber que essa voz finalmente surge, emerge, ela vem e diz. E é um desejo que passa também por Apesar do Amor. Já o Águas de Encantação destoa um pouco dos outros três, porque aborda outro eu lírico, outra fase, outro momento, embora estejam presentes também as metáforas muito relacionadas, sempre, com a natureza”, explica.
O primeiro romance de sua autoria, “Coração Madeira” (2020), narra a trajetória de uma protagonista feminina em busca de um espaço, uma identidade independente.
“Ela vivencia essa travessia e encontra, justamente, uma ponte para conseguir alcançar pelo menos a autonomia de pensamento e, em seguida, a autonomia financeira”, diz.
A produção literária de Marli Walker a credenciou para ingressar na Academia Mato-Grossense de Letras, onde ocupa a cadeira 02. A nomeação para instituição, ocupada majoritariamente por homens, é, em sua avaliação, simbólica.
Marli acredita que a leitura é “a forma mais fácil e bonita para alcançar outros mundos” e ressalta a importância de espaços como o programa “Palavra Literária” para que os autores possam falar sobre suas obras.
“A iniciativa da TV Assembleia é excepcional, porque é um registro que fica. Esta temporada está ainda mais focada nas obras dos escritores e acredito que essa proposta é muito adequada com o que realmente é a literatura”, frisa.
As reprises do programa “Palavra Literária” são transmitidas aos domingos (11h30 / 21h), terças (12h30 / 22h) e sextas-feiras (12h30 / 22h).

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Professor Allan defende remuneração para floresta em pé e alerta sobre mineração na Amazônia

Foto: JULIO ROCHA / ASSESSORIA DE GABINETE
O deputado Professor Allan Kardec (PSB-MT) defendeu a remuneração aos produtores pela floresta em pé, alertou que sua geração de parlamentares não seja responsável pela retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal, nem incentivadora da exploração mineral em áreas protegidas legalmente.
“Nós não podemos ficar marcados como a geração que autorizou a mineração em áreas de reserva ambiental”, preocupou-se o deputado. Uma das sugestões do deputado foi unir as bancadas estadual e federal para destinarem recursos para pastagens degradáveis que podem se transformar em negócios sustentáveis.
A ponderação do parlamentar foi realizada nessa segunda-feira (23), durante reunião da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Naturais e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa (ALMT), da qual ele é vice-presidente.
“O produtor vai permanecer com a floresta em pé se ele tiver dinheiro no bolso mensalmente. Se isso não acontecer, ele vai para a ilegalidade”, conclamou Professor Allan aos pares sobre propostas já implementadas sobre o mecanismo de moeda verde (áreas plantadas para preservação) e crédito de carbono na legislação estadual e nacional.
O deputado disse que ser o produtor fizer algo fora da lei, os deputados não têm que validar este ato. “Se ele for para a ilegalidade não podemos arrumar a questão dele. Nós temos que impedir que ele vai para a ilegalidade”, completou.
Destruição ambiental
“Não podemos ser a geração que marcou a liberação de carvoaria no Pantanal, o fim do Parque Serra de Ricardo Franco. Não podemos ser a geração que marcou a retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal”, defendeu o Professor Allan sobre temas ambientais recorrentes este ano na Assembleia Legislativa.
Foto: JULIO ROCHA / ASSESSORIA DE GABINETE
No colegiado foi debatido o Projeto de Lei 337/2022, da Câmara dos Deputados, de autoria do deputado Juarez Costa (MDB-MT), que exclui Mato Grosso da Amazônia Legal, com alteração do Código Florestal, Lei Nº 12.651/2012. Ele foi apresentado em fevereiro e atualmente aguarda parecer da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
O presidente da comissão é o deputado Carlos Avallone, que defendeu amplo debate sobre o tema antes da definição do Congresso Nacional.
Fórum e empresários
O secretário Executivo do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), Herman Oliveira, defendeu o debate na Assembleia Legislativa como espaço democrático para troca de informações de contraponto ao tema.
‘Ao se falar sobre a retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal não pode ser um debate único e exclusivamente econômica. Ele (o projeto) tem que ter discussão social, ecológica e socioambiental. Já que Mato Grosso é reconhecido pela biodiversidade e sociodiversidade”, argumentou.
O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo Oliveira, chamou a atenção dos deputados da comissão da ALMT e do relator do projeto para “regras claras de negócios sustentáveis” no Estado. Além de apontar a responsabilidade a todos os agentes públicos e privados para a consolidação da economia verde, uma demanda mundial.
“Há 171 empresas que produzem aqui e que poderiam estar em Goiás, Tocantins. Elas estão aqui porque tiveram compensação fiscal. Senhores, não se iludam, a agenda da economia verde é da inovação”, disse.
Ele afirmou que toda a equipe técnica do sistema Fiemt e CNI está à disposição dos parlamentares para esclarecer dúvidas sobre investimentos na Amazônia Legal e economia de baixo carbono.
“Temos o Instituto Pró-Amazônia. Só um grande banco brasileiro tem R$ 1 bilhão para aplicar em negócios sustentáveis. O potencial da carteira é de R$ 10 a R$ 11 bilhões. Vamos discutir estratégias de desenvolvimento e inovação”, propôs o presidente da Fiemt.
Relator do projeto
O PL 337/2022 que exclui Mato Grosso da Amazônia Legal é de autoria do deputado federal Juarez Costa (MDB-MT) e tem relatoria do colega Neri Geller (PP-MT). Em uma de suas explanações, Neri afirmou que pretende esgotar o debate do tema.
“Nosso relatório terá a contribuição de todos da sociedade mato-grossense e brasileira, como fizemos com o debate e aprovação do Código Florestal”, disse. “Vamos esgotar o debate antes de apresentar o relatório. Não temos pressa”, afirmou.
Questionado pelo deputado Wilson Santos, Neri disse que pode deixar a aprovação do projeto para depois das eleições, para o tema extremamente técnico não ser contaminado com as ideologias e paixões do debate presidencial.
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